“O apoio que vem recebendo, de primeira hora, dos magnatas das big techs, será consumido pelo egocentrismo dessa aliança neofascista”, aponta o escritor e cientista político Ricardo Mezavila
Confira:
O festival de horrores que foram os eventos de antes, durante e depois da posse de Donald Trump, não pode abalar a democracia brasileira. Se, por um lado, os EUA saem pela porta dos fundos do Acordo de Paris, por outro o Brasil aumenta seu protagonismo no tratado internacional sobre mudanças climáticas.
Trump partiu para o isolacionismo e isso não pode ser bom para os norte-americanos. O apoio que vem recebendo, de primeira hora, dos magnatas das big techs, será consumido pelo egocentrismo dessa aliança neofascista.
Elon Musk fez questão de demonstrar para o mundo sua origem nazista – parece que seus avós maternos apoiaram Hitler – e fez o gesto típico da saudação que os nazistas costumam fazer de bater no peito e esticar o braço.
O anúncio da saída dos EUA da OMS – Organização Mundial da Saúde, também pode refletir positivamente, assim também seria se deixassem todos os outros tratados internacionais assinados anteriormente.
Ou seja, Trump não está disposto, em seu segundo mandato, a somar com os outros países, seu objetivo é segregar, perseguir e exterminar o que não for espelho. Enquanto a nova ordem for essa, é melhor que fique distante.
O real perigo da ascensão da extrema direita neonazista nos EUA, é o salseiro que faz na nossa parte podre, aquela composta por vassalos, vira-latas e borra-botas, desde o bagrinho empoderado, passando pelos puxa-sacos que foram assistir à posse na neve, até o senhor decrépito que fez a cena bizarra do aeroporto.
O governo brasileiro e todos nós que defendemos o Estado Democrático de Direito, temos de ficar atentos porque teremos ‘chumbo grosso’ de fake news em 2026 e somente com a união pela democracia conseguiremos neutralizar a nova onda.
Ricardo Mezavila é escritor, pós-graduado em Ciência Política, com atuação nos movimentos sociais no Rio de Janeiro