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TJCE aprova processo administrativo contra juiz por tratamento desrespeitoso a mulheres

O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) aprovou nessa quinta-feira (29), por unanimidade, a abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o juiz Francisco José Mazza Siqueira, da 2ª Vara Cível de Juazeiro do Norte, além de manter o afastamento do magistrado até a conclusão do procedimento.

O Órgão Especial do TJCE apura acusação de tratamento desrespeitoso do magistrado em audiência com mulheres que denunciavam um médico por episódios de violência sexual.

A relatora da sindicância e corregedora-geral da Justiça, desembargadora Maria Edna Martins, apontou que a conduta do magistrado “se vislumbra de potencial violação ao dever de tratar com urbanidade as partes, membros do Ministério Público, advogados, testemunhas, funcionários e auxiliares da Justiça, além do descumprimento dos deveres funcionais de cortesia, da dignidade, honra e decoro”.

Em sua defesa, o juiz confirmou ter dito as palavras, mas em um contexto de elogio, destacando a força e dedicação das mulheres. Alegou que pode ter sido infeliz, mas que não disse com a intenção de diminuir as mulheres. O magistrado ainda sustentou que possui histórico de compromisso com a Justiça e com a leis.

A relatoria do PAD, por sorteio, ficará com o desembargador Francisco Luciano Lima Rodrigues. Já a relatoria de uma possível infração ao Código de Ética da Magistratura, também por sorteio, será conduzida pela desembargadora Maria Nailde Pinheiro Nogueira.

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

Ver comentários (1)

  • A frase destacada acima se tivesse sido proferida por um cidadão comum já poderia ser caracterizado como de preconceito contra mulheres, misoginia. E por um juiz? É grave demais. Isto não configura abuso de poder? É muito difícil denunciar abusos sexuais, e quando mulheres vêm a público denunciar, deveriam receber todo apoio e acolhimento. A sociedade brasileira acompanhará o desenrolar deste processo.

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