A Comissão Nacional da Anistia, organismo do Ministério dos Direitos Humanos, vai julgar um caso que envolve o ex-atacante da Seleção Brasileira, José Reinaldo de Lima.
Ídolo do Atlético-MG, Reinaldo, no final dos anos 1970, foi perseguido por causa de suas posições políticas. Ele não se intimidou com a pressão e continuou na luta denunciando o imperialismo norte-americano e a repressão da ditadura.
A cada gol que fazia, cerrava os punhos, simbolo dos Panteras Negras dos EUA contra o racismo e pela liberdade. O ex-jogador chegou a ser convocado para a Copa da Argentina, em1978, país sob a ditadura. Foi proibido de vibrar dessa forma e, por pouco, não era convocado.
No jogo em que o Brasil empatou com a Suécia, fez gol e acabou cerrando os punhos na comemoração e, assim, encerrando sua participação no certame.
Esse caso resultou num processo de anistia e reparação econômica que será julgado pela Comissão Nacional da Anistia no dia 2 de dezembro, em Brasilia.
Quem está relatando é a cearense Rita Siphay.