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Médicos são condenados após ações para obter registro sem Revalida

Questão de justiça.

Seis médicos foram condenados por litigância de má-fé pela Justiça Federal na Bahia após ajuizarem em mais de um estado da federação ações com idêntico pedido e com fundamentações iguais. Eles pretendiam obter inscrição nos conselhos regionais de medicina destes estados sem a obrigatoriedade de revalidar o diploma de faculdade estrangeira.

“Essa repetição de demandas tem o objetivo ilícito de tentar ampliar a possibilidade de uma decisão favorável, desrespeitando o estado de litispendência. Ademais, ao repetir a ação em outros juízos, a parte autora provocou imensuráveis transtornos ao réu”, frisou o juiz Ávio Mozar José Ferraz de Novaes, da 12ª Vara Federal Cível da Bahia.

O julgador apreciou ação ajuizada por cinco médicos, representados pela mesma advogada, em face do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb). Preliminarmente, a entidade de classe sustentou litispendência em relação a uma ação em trâmite na 1ª Vara Federal da Seção Judiciária de Mato Grosso. Conforme Novaes, a simples conferência de documentos é suficiente para confirmar a alegação do réu.

O juiz observou que a razão da litispendência é evitar que a parte não promova mais de uma ação visando o mesmo resultado, o que ocorre quando o autor formula demandas em face do mesmo sujeito. No caso concreto, ele confirmou a conduta dos médicos e reputou suas demandas como de má-fé.

“Ficou evidente que o autor, ao ajuizar a mesma demanda em diversos juízos (sem informar nos autos ou desistir de alguns dos feitos), usou do processo para conseguir objetivo ilegal, procedendo de modo temerário, de forma que sua conduta se enquadra como litigância de má-fé, impondo-se-lhe a aplicação de multa nos termos do artigo 81 do CPC/2015”, disse Novaes.

Sob a justificativa de ser “prudente e necessário que tal prática seja repreendida, uma vez que, configura irrefutável deslealdade processual e abuso no uso do direito de ação”, o julgador extinguiu o processo sem resolução de mérito e aplicou multa de dois salários mínimos para cada autor.

(Com site Consultor Jurídico)

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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