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“Professor temporário também tem família”

Professor em sala de aula. Foto: Arquivo

“Quase 2.000 colegas que estão trabalhando desde o dia 29 de janeiro e que só receberão os seus salários em abril, algo que é inadmissível, tendo em vista que somos pais e mães de famílias”, apontam professores temporários do Ceará, em carta aberta. Confira:

Vimos por meio desta, falar sobre a atual situação dos/das professores e professoras temporários(as) do Estado do Ceará. Durante as últimas semanas os profissionais da educação do nosso Estado têm vivido momentos de aflição diante a incerteza do recebimento dos seus salários. Começo de ano é sempre um momento complicado para nós, tendo em vista que, em 1º de fevereiro, referente ao mês de janeiro, só recebemos o equivalente aos dias trabalhados na recuperação; mesmo já com a sinalização que iremos ter nossos contratos renovados só fomos pagos a partir do primeiro dia do ano letivo, ou seja, muitas vezes tendo que participar de jornadas pedagógicas e não recebendo pelos dias da mesma.

Outro fator agravante, é o atraso na efetivação dos contratos, o que faz com que muitos colegas passem dois ou até três meses sem receber seus salários de maneira devida. Esses acontecimentos nos levam a crer que o formato de lotação desenvolvido pela Secretaria de Educação do Estado do Ceará (Seduc) não se mostra eficaz perante a atual demanda. Diante das lutas nas últimas semanas muitos professores conseguiram ter seus contratos efetivados e, consequentemente, seus salários pagos. Porém, ainda existem quase 2.000 colegas que estão trabalhando desde o dia 29 de janeiro e que só receberão os seus salários em abril, algo que é inadmissível, tendo em vista que somos pais e mães de famílias, pessoas com contas a pagar e diversas outras responsabilidades que fazem com que necessitemos ter nossos salários pagos em dia.

Frente a todas as questões mencionadas e à dificuldade em sermos professores(as) temporários(as) no Estado que afirma privilegiar a educação, expomos através deste documento nossas reivindicações:

– Celeridade no pagamento dos(as) professores(as), que ainda não receberam seus salários, através de uma *folha suplementar*;

– Seleção unificada que gere um banco de cadastro com vínculo direto com a Seduc;

– Pagamento de férias e rescisão contratual;

– Formato mais eficaz no processamento dos contratos de modo que os salários não sofram atrasos;

– Fim do teto do vale refeição para os temporários;

– Equiparação salarial com o nível C;

– Salários de acordo com a titulação dos profissionais.

Reiteramos a necessidade do cumprimento de nossas reivindicações como cidadãos e trabalhadores da educação para o bom funcionamento das Escolas Estaduais, no que se refere ao atendimento aos alunos.

Professores(as) temporários(as) do Ceará

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Uma resposta

  1. Além disso o processo seletivo é marcado por corrupção onde os diretores determinam quem eles querem em sua escola. Geralmente as escolhas são baseadas em critérios de amizade dos gestores e dos professores que tem prestígio junto às direções. Se o professor tiver uma idade mais avançada não se se classifica. Nas seleções muitas vezes há o absurdo de não se aceitar o currículo Lattes que é oficial de todos os processos seletivos. Não aceitam planos de aula digitados o que prova que não há seriedade. A apresentação do Plano de Aula tem um tempo ínfimo para que o educador mostre seu conhecimento. Várias denúncias foram feitas junto a SEDUC que joga o lixo para debaixo do tapete….Os professores temporários são tratados como lixo pela SEDUC. Dão humilhados por diretores que não respeitam qualificação, idade e competência. Aconteceu comigo e com muitos…enfim uma verdadeira situação de desorganização fomentada pela cegueira e o desrespeito da gestão da SEDUC. A SEDUC finge não saber, pois é mais fácil apostar na desorganização do que promover critérios justos e respeitosos a temporários que se não me engano também são educadores.
    Francisco Djacyr Silva de Souza.

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