“Vejo que os imigrantes, na grande maioria muçulmanos, querem impor a cultura islâmica como regra para todas as pessoas”, aponta o turismólogo Francisco Barros.
Confira:
O título deste texto tomo por empréstimo a uma obra de autoria do escritor francês Michel Houllebecq, que também trata do tema objeto desta breve reflexão.
Quando decidi morar na Itália acreditei sinceramente que iria inserir-me numa imersão cultural italiana profunda, nos moldes que imaginava. Eu pensava serem rígidos e rigorosos com o gosto pelas suas tradições.
Percebi, todavia, que a Europa, como um todo, especificamente a Itália, onde vivo há dois anos, foi bombardeada por todos os lados com uma invasão cultural completamente assimétrica às suas tradições, costumes e ao que conhecemos empiricamente sobre o país.
A elegância italiana, assim como sua orgulhosa culinária, dá lugar às burcas e kebab’s.
Ao se andar pelas belas ruas e vielas do país de Leonardo da Vinci, Dante Alighieri, Michelângelo e tantos outros, é comum ouvirmos o belo idioma italiano mesclado, ao fundo, com várias línguas semíticas.
É certo que a globalização tem seus benefícios, eu que o diga.
O ponto em questão a que quero chegar não se trata do fato de existirem imigrantes com tanta diversidade cultural; ora, sou um brasileiro nato que mora em Milão.
A questão central é a imposição cultural proposta por aqueles que querem fazer da Itália seu novo lar.
Se sou convidado para sua casa, e nela existem regras, como por exemplo: tirar o sapato para entrar, etc…
Quem sou eu para entrar na sua casa com meus sapatos sujos, porque não me importo com tais regras?
Esse pequeno exemplo é uma simplificação do que acontece aqui na Itália e, por extensão, na Europa.
Vejo que os imigrantes, na grande maioria muçulmanos, querem impor a cultura islâmica como regra para todas as pessoas.
O exemplo mais revoltante do que estou falando, são os movimentos islâmicos que querem a institucionalização da Sharia, código de leis, jurisprudência e conduta totalmente subordinado ao Corão, livro sagrado do Islamismo.Sharia* – Sistema Jurídico do Islã, norteado por seu livro sagrado, o Corão e pela jurisprudência das falas dos estudiosos de suas escrituraÉ possível encontrar movimentos populares islâmicos que pedem a aplicação da lei islâmica em suas várias versões, desde as mais brandas até as mais rigorosas, onde o Estado Laico não existe e o Corão é praticamente a constituição que rege o Estado.
Quando conversamos com os nativos percebemos uma revolta, uma indignação silenciosa que por muitas vezes grita tão alto que é possível “ouvir” em seu olhar uma mistura de sentimentos, desaprovação e até uma sensação desesperadora de impotência. Ou seja, permitem sem querer permitir.
Por outro lado temos as organizações governamentais que dizem enxergar o problema, avisam que irão tomar atitudes, apresentam um horizonte de ideias para salvaguardar a cultura e os italiano mas, na verdade, são completamente passivas em frente de tudo o que ocorre .
Logo, você pode observar pela ótica do indivíduo italiano cheio de pura revolta, medo e sensação de abandono governamental; ou pode ver pela ótica dos governos que acreditam estar fazendo o suficiente e que está tudo andando nos conformes. A França, em meio a um verdadeiro pandemônio social criado pela imigração desordenada, que o diga!
Francisco Barros é turismólogo
Uma resposta
Sem dúvida esta é uma situação que poderá gerar graves consequências não apenas sócio-econômicas, mas sobretudo na histórica moral da cristandade na Europa, que aos poucos está sendo contaminada por valores culturais alienígenas.