“Quando o Estado escolhe a omissão, ele se torna cúmplice”, aponta o ex-superintendente da Polícia Civil do Ceará, César Wagner
Confira:
Axel não foi apenas vítima de violência doméstica. Foi vítima de um sistema de Justiça complacente, burocrático e covarde.
Seu pai gritou. Apresentou provas. Implorou por socorro. Mas a Justiça preferiu romantizar o “instinto materno” e ignorar o óbvio: uma criança estava sendo torturada.
Negaram a guarda. Fecharam os olhos. E agora fingem surpresa diante do corpo quebrado de um bebê de 1 ano e 6 meses, vítima de espancamentos sistemáticos.
Isso não foi tragédia, foi assassinato com assinatura oficial.
Quando o Estado escolhe a omissão, ele se torna cúmplice.
Axel morreu porque quem tinha o dever de protegê-lo decidiu confiar em mitos, não em evidências. A mãe sabia. A Justiça também. Mas lavaram as mãos.
E agora, quem enterra o peso da culpa?
César Wagner é ex-superintendente da Polícia Civil do Ceará, ex-coordenador-geral da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (CIOPS), ex-diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), ex-diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI) e ex-delegado Titular da Delegacia de Combate ao Narcotráfico. Ex-secretário de Segurança de Aracati. Formado em Direito (Unifor) e especialista em Direito Processual Penal (Unifor). Jornalista, comunicador, radialista, palestrante e consultor de empresas na área de prevenção de comportamentos irregulares